Em uma parceria inédita na saúde, a Mayo Clinic, organização sem fins lucrativos da área de serviços médicos e de pesquisas hospitalares, e a startup holandesa de blockchain Triall estão realizando estudos multicêntricos de hipertensão arterial pulmonar.
A principal vantagem do uso dessa tecnologia para ensaios clínicos está relacionada à segurança para compartilhamento de dados. Cada pessoa ou instituição envolvida no processo possui sua própria chave de acesso, que decodifica as informações e impede que sejam acessadas de forma leviana por terceiros.
A plataforma Triall apoiará atividades como gerenciamento de documentos, supervisão do estudo, assimilação de dados e consentimento.
Ainda de acordo com a startup, a parceria com a Mayo Clinic tem como objetivo demonstrar uma trilha de auditoria para aumentar a integridade dos ensaios clínicos.
O software, que apresenta criptografia de ponta, também busca explorar o potencial de uma interface independente do sistema para o ecossistema médico e permite que as partes interessadas acessem e avaliem a integridade de documentos e dados.
Para pesquisadores que trabalham em projetos colaborativos, nacionais e internacionais, o blockchain desponta como um caminho para o compartilhamento de dados com mais segurança.
Outros usos do blockchain na saúde
A tecnologia de blockchain é utilizada em vários setores para armazenamento rastreável de dados e validação de forma descentralizada de transações.
Trazendo para a realidade de saúde, isso significa que os dados dos pacientes só podem ser acessados por ele, restringindo a visualização de dados sensíveis e informações médicas.
O blockchain também pode ser utilizado para outras áreas da saúde. A tecnologia, além de oferecer mais segurança para a logística de suprimentos, facilita o rastreamento e reduz o fornecimento de medicamentos falsos.
Para os planos de saúde, o software também oferece diversos benefícios e permite realizar a integração de toda a jornada dos dados do paciente, tornando o atendimento mais personalizado e único.
Interoperabilidade
Padrões de interoperabilidade como IHE (Integrating the Healthcare Enterprise) e HL7 FHIR (Fast Health Interoperability Resources) também estão sendo incorporados ao blockchain.
Essa integração garante uma comunicação clara e objetiva para as organizações de saúde, além de permitir um compartilhamento de dados que não podem ser alterados sem o consentimento do próprio paciente.
Para a implementação de redes blockchain na Saúde, são utilizados modelos já existentes que ficam disponíveis em nuvens, centrados em critérios de hospedagem como PaaS (plataforma como serviço) ou IaaS (infraestrutura como serviço (IaaS).